sábado, dezembro 31, 2011

Uff, finalmente a falar do Conjunto António Mafra.
É como abrir a porta e estar em casa.
Andei por tão longe, que fui adiando este encontro primeiro, vindo do som dos carrinhos de choque da minha infância e adolescência.
Sabe-se que a felicidade são momentos, inesperados e formadores - e a música deles põe-me inteiramente feliz, no tempo de uma canção e no tempo logo a seguir.
Reconheci desde miúdo na escrita do próprio António Mafra, que desapareceu cedo mas deixou bem entregues as suas muitas canções, algo que tomei por essencial, só compreendendo aos poucos porquê. (...)

Queria terminar o ano de 2011 com uma nota de alegria. Melhor, de uma garantia de alegria para 2012.
Para esse fim, dificilmente alguém bate o Conjunto António Mafra.
Nada a acrescentar ao que Sérgio Godinho diz.
E eis a canção que este decidiu interpretar num dos seus discos:

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Mensagem de Natal, apesar de tudo

Como crianças entretivemo-nos com brinquedos como a Economia, o Progresso, as Tecnologias, a Ciência, a Riqueza, o Desejo de Posse, etc.
Todos esses brinquedos jazem à nossa volta.
E as suas entranhas, à nossa vista, confrontam-nos face a face com a dimensão do nosso desastre, actual e futuro.
Ora, a criança é forçoso que cresça e tal é a exigência do nosso destino nos tempos presentes.

Questão dolorosa, essa: como crescer?
Questão sem respostas definitivas, questão sempre aberta, questão com outras questões metidas dentro.
Mas para que a questão se revele fecunda e permita um real crescimento seria desejável que se verificassem alguns requesitos prévios:
  • Deixar de perseguir, porque nos humilha, diminui e consome energias inutilmente.
  • Deixar de fugir, porque nos vitimiza e o que desejamos é uma vida real, assumida, não a fingir.
  • Responsabilidade, sobretudo, responsabilidade total por nós próprios, perante nós e perante os outros...
...porque sabemos definitivamente que não há deuses a nascer por nós, que morram por nós, que ressuscitem ao 3º dia e que nos venham salvar do que quer em que nos tenhamos metido!

O Mundo, a Natureza e os nossos Filhos precisam de nós.

Boas Festas!