sábado, julho 20, 2019

Exames e crueldade

«“Uma das provas mais difíceis de que há memória.” É deste modo que a Sociedade Portuguesa de Física (SPF) classifica o exame da 2.ª fase de Física e Química A do 11.º ano, realizado nesta quinta-feira por 21.258 alunos. (…)» (Público, 20/07/2019)
(Repare-se que não é uma associação de professores que vem dizer isto, é uma sociedade de físicos, de cientistas.)
Interrogo-me que espécie de satisfação ou de felicidade tirarão os anónimos autores desta prova (e doutras semelhantes) por assim darem largas à sua crueldade. Porque eles sabem como os exames decidem da vida futura dos jovens. E que quanto mais difíceis forem, mais excluem aqueles que não pertencem às elites endinheiradas.
Na verdade, sinto-me crescentemente assustado com esta sociedade cada vez mais fria e desumana.