terça-feira, maio 03, 2016

Punição física



Se queremos que a criança associe aquilo que fez a consequências dolorosas, a um intenso e conflituoso conjunto de emoções negativas, e à consciência de ser inferior e merecedora de uma auto-estima baixa, sem perceber porquê ou para quê, então a opção pela punição física é a adequada. Estes são os efeitos no seu cérebro. Ah, e a memória permanente desse tipo de punição, claro (nunca conheci ninguém que se tivesse esquecido de ter sido castigado fisicamente, nem nos casos em que o foi só uma vez).

Se queremos que a criança aprenda; que ela cresça e se desenvolva num ambiente de respeito, de segurança e de afeto; que ela perceba quais as maneiras mais adequadas de convencer os outros sem ter de os vencer pela força bruta; se queremos dar-lhe o exemplo do que é viver não na selva mas na civilização; que ela perceba que há consequências desagradáveis muito razoáveis e lógicas para os seus maus comportamentos. Então há outras alternativas que, ainda por cima, são muito mais eficazes que a punição física.


Como dizia Gandhi: «Se venceres o teu adversário, ganhas um inimigo. Se o convenceres, ganhas um aliado.» Parece evidente, não é?