domingo, janeiro 27, 2013

A alegria pura de uma música simples

And The Waltz Goes On, de Sir Anthony Hopkins, por André Rieu


O ocaso do trabalho humano


Desde sempre, até a mais humilhada das pessoas sabia que a sua existência tinha valor económico porque possuía três características que lhe garantiam um lugar no meio dos seus semelhantes, mesmo que esse lugar fosse o mais pobre de entre os pobres: a capacidade de trabalhar, a capacidade de aprender e a capacidade de prover à sua subsistência.

Hoje em dia, e pela primeira vez na história, isso desapareceu.

A tecnologia de hoje, e de um futuro cada vez mais próximo, já consegue fornecer substitutos bem mais equipados, mais incansáveis, mais exactos, mais cumpridores, em suma, mais capazes: os computadores, a automação, a inteligência artificial. Por outras palavras, os robots.

A ideia de que eles seriam incapazes de realizar e de aprender tarefas mais exigentes cognitivamente pertence, literalmente, ao século passado.

Cada vez mais nos deparamos, no nosso dia a dia, com a ausência de seres humanos em locais de trabalho. Seja desde a atender uma chamada que façamos, ou a fabricar um carro, o factor humano no trabalho está a desaparecer porque obsoleto. Trazendo, claro, gigantescos lucros para os possuidores desses meios tecnológicos; e uma desesperada pobreza para a grande maioria dos que os não possuem.

Haverá sempre necessidade de humanos para desempenhar algumas tarefas a troco de um salário: não somos como os cavalos ou os bois que foram substituídos pelos carros e pelos tractores. Mas a maior parte do trabalho irá sem dúvida ser desempenhado por máquinas. A verdade assustadora é que os seres humanos, na sua maioria, estão a tornar-se supérfluos.

O problema é o facto de a riqueza produzida ficar concentrada nas mãos dos grandes proprietários e não ser distribuída mais equitativamente.

Evidentemente que existe a possibilidade de a tecnologia poder vir a promover a criação de mais trabalho. Só que essa não é a tendência a que se assiste.

Assim, para mim, apenas consigo imaginar como solução um Estado protector que possa garantir que todos tenham acesso à propriedade tecnológica (e não ficar só nas mãos de alguns). E também a garantir algum capital a todos que permita a criação de pequenos negócios (com a possibilidade de recurso a robots também, embora mais simples).

sábado, janeiro 26, 2013

A música mais relaxante do mundo

A banda britânica Marconi Union criou a peça musical mais relaxante do mundo: Weightless (cuidado: não pode ser ouvida enquanto se conduz o carro ou se realiza qualquer outra actividade que exija toda a nossa atenção!). Deve ser ouvida em toda a sua extensão para fazer efeito.

Mescla os sons de guitarra, piano, sons (electrónicos) da natureza e, ainda, cantos budistas, mas sem uma melodia de base para não criar expectativas perturbadoras do que virá a seguir. Confesso que, a mim, irritou-me um bocado, mas as pessoas são diferentes e pode ser que resulte para outros.

O trabalho foi feito em colaboração com terapeutas do som e, depois, testado por uma equipa de cientistas. Para pormenores, ir aqui.

Já agora, as dez peças musicais eleitas como mais relaxantes:
1. Marconi Union - Weightless
2. Airstream - Electra
3. DJ Shah - Mellomaniac (Chill Out Mix)
4. Enya - Watermark
5. Coldplay - Strawberry Swing
6. Barcelona - Please Don't Go
7. All Saints - Pure Shores
8. Adele - Someone Like You
9. Mozart - Canzonetta Sull'aria
10. Cafe Del Mar - We Can Fly