Morreu um Homem.
De notável inteligência e humanidade.
Que marcou a vida de centenas, se não de milhares de pessoas.
Foi um homem de família.
Foi um político que nunca abdicou da sua consciência, como até os seus correligionários amargamente o souberam.
Mas, acima de tudo, foi um Professor (forma, aliás, como era tratado por toda a gente).
Viveu em Portugal, trabalhou em África, voltou a Portugal.
A sua actividade centrou-se sempre nos alunos, na cultura, nos livros e no campo.
Avesso a todos os tipos de ditadura foi, sobretudo, um espírito permanentemente indómito.
Foi um Homem que eu sempre admirei. Foi meu sogro.
A Morte, estúpida, irracional e injusta, veio buscá-lo.
Lembrá-lo-ei sempre com aquele seu sorriso de quem sabe que vai perturbar as consciências acomodadas.