O Problema:
"A média do crescimento económico é, em Portugal, a pior dos últimos 90 anos.
A dívida pública é a maior dos últimos 160 anos.
A dívida externa é, no mínimo, a maior dos últimos 120 anos (desde que o país declarou uma bancarrota parcial em 1892).
O desemprego é o maior dos últimos 80 anos.
Voltámos à divergência económica com a Europa, após décadas de convergência.
Vivemos a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos.
E temos a taxa de poupança mais baixa dos últimos 50 anos."
(Álvaro dos Santos Pereira, Portugal na Hora da Verdade, citado no Público, 6 de Maio de 2011, p. 43)
A Solução:
"(...) Mas a verdade é esta: na cidade em que os que têm de governar são os menos empenhados em ter o comando, essa mesma é forçoso que seja a melhor e mais pacificamente administrada, e naquela em que os que detêm o poder fazem o inverso, sucederá o contrário.
(...) Se, porém, os mendigos e os esfomeados de bens pessoais entram nos negócios públicos, pensando que é daí que devem arrebatar o seu benefício, não é possível que seja bem administrado [o Estado]. Efectivamente, gera-se a disputa pelo poder, e uma guerra dessas, doméstica e interna, deita-os a perder, a eles e ao resto da cidade."
(Platão, A República, Fundação Calouste Gulbenkian, 520d e 521a )
A minha (modesta) posição:
A ideia de que são as remunerações elevadas que atraem bons profissionais (isto aplicado, claro!, apenas aos lugares reservados às elites, porque para o trabalhador comum esta tese já não encontra defensores) sempre me pareceu completamente despropositada! Salários elevados e poder desmedido só servem para atrair tubarões e vampiros.
E verifica-se que pessoas de bem, com vontade de ir para a administração pública para cuidar verdadeiramente do bem público, jamais estarão dispostos a conviver com tubarões e vampiros e a submeter-se às suas leis impostas pela força bruta.
Portanto, eu começaria por acabar com os salários elevados. Para parar de atrair tantos predadores. Para conseguir começar a trazer para a causa pública os preocupados em realizar o bem comum; que, na medida do possível, seriam mais honestos, verdadeiros e competentes para o conseguir.
Nota: este post desapareceu do blog quando, inclusivamente, já tinha um comentário; voltei a publicá-lo e copiei o comentário.
A vida. Tão pouco e tão tanto. (...) E todavia eu sei que "isto" nasceu para o silêncio sem fim... (Vergílio Ferreira)
sexta-feira, maio 13, 2011
segunda-feira, maio 09, 2011
Ler aos 16, carreira profissional melhor aos 33
Uma investigação recente veio revelar que a única actividade extracurricular de adolescentes com 16 anos com efeitos benéficos na sua carreira profissional é a leitura de livros, tanto para rapazes como para raparigas.
Outras actividades típicas dos 16 anos: fazer desporto, socializar, ir a museus ou a galerias ou ao cinema ou a concertos, ou quaisquer outras actividades (desde cozinhar até costurar). Que efeitos na futura carreira profissional? Nada de significativo.
E quanto aos jogos de computador? Reduzem as chances de chegar à Universidade. Pelo contrário, ler livros já implica uma maior probabilidade.
Explicações possíveis: características únicas ligadas à leitura por prazer; empregadores preferirem contratar pessoas com nível de literacia semelhante ao seu; ou então simplesmente porque adolescentes já destinados a uma melhor carreira profissional tendem a ler mais.
(University of Oxford (2011, May 9). Reading at 16 linked to better job prospects. ScienceDaily. Retrieved May 9, 2011, from http://www.sciencedaily.com /releases/2011/05/110504150539.htm)
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