sexta-feira, abril 16, 2004

Seremos mulas?

Sobre o porquê de tanta violência no filme "A Paixão de Cristo" Mel Gibson contou a seguinte história:
Um sujeito vende uma mula a outro garantindo que ela faz tudo o que lhe mandarem se a tratarem bem. Foi o que o outro fez, só que a mula não esteve pelos ajustes, nunca lhe obedecia. Ao reclamar junto do vendedor, este pega num barrote e dá uma cacetada na cabeça da mula. Ora, o comprador queixou-se de que o outro lhe tinha dito que era preciso tratar a mula bem. Resposta do vendedor: "Pois, mas primeiro é preciso atrair-lhe a atenção.
Primeira reflexão: Pressupõe-se que, deste modo, Mel Gibson entende ter dado com um barrote em cada espectador. Será que por considerá-lo uma mula? Se não, então será apenas por só conhecer esta forma de captar-lhe a atenção? Mas aí a pobreza de espírito é do realizador, não do espectador.
Segunda reflexão: professores, esta história não poderia servir de metáfora para um determinado tipo de relação pedagógica muito espalhado por aí?

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