Respondi a um anúncio da Escola Internacional de Vilamoura. Não obtive resposta... ainda? Mas não estou preocupado (embora ache que a escola deveria enviar um mail de resposta aos professores não aceites, espero que faça isso).
Confesso que a ideia do trabalho de professor por enquanto me causa um certo desgosto. Está a ser difícil esquecer-me:
a) do rancor enviesado das pessoas aos professores,
b) dos alunos malcriados e violentos (porque ia todos os dias para a escola com medo do que me pudesse acontecer, a mim e aos meus colegas), e
c) do desprezo com que o governo nos tratava a todos nós professores.
Não sei se isto é estar traumatizado, mas que anda lá perto, anda.
Daí que esteja a encarar com verdadeiro entusiasmo é mesmo uma mudança de carreira. Para isso inscrevi-me, e fui admitido, a um Mestrado em Energias Renováveis. É por aqui que eu vou investir todos os meus esforços.
E do mundo da educação, talvez apenas as explicações, numa relação pessoal com aluno a aluno, em que posso finalmente fazer aquilo que eu sei fazer bem e que gosto de fazer: ensinar.
Embora, se mudar de carreira, fique com pena de deixar a Educação. Primeiro, porque com o espírito de serviço público que é ainda o meu, me suscita horror os milhares de euros que o Estado investiu em mim e na minha formação e que vão assim ser deitados à rua. Depois, porque a minha vocação e o meu talento para esta área, capazes de beneficiar tanto o meu país, vai deixar de ser posta a uso. De certa maneira, é triste.
A área para onde pretendo redireccionar a minha vida profissional, energias renováveis, também beneficia o país. Mas agora, a minha preocupação já não é simplesmente o que é melhor para os alunos e para os pais. Não, agora, vai passar a incidir muito no que é que é melhor para mim... Claro, sem nunca deixar de fazer o meu trabalho com toda a competência necessária. Mas é diferente...
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