Quando surge uma nova lei que é sentida como violentadora e injusta, nunca se pensa no que se pode fazer para a combater ou modificar.
Quando estive nos E.U.A. vi como os americanos reagiam e rapidamente se mobilizavam para lutar, eficazmente, contra uma lei acabada de ser aprovada.
Mas os portugueses, não, o que fazem primeiro é tentar descobrir como podem ou usar a lei a seu favor, "dando-lhe a volta", ou infringi-la sem parecer que o estão a fazer.
São sombras longas do salazarismo que se estendem ainda aos dias de hoje. Apesar de vivermos em democracia, hoje ainda é impensável a revolta clara e franca (tal como na ditadura).
Se somarmos a isso uma certa ideia prevalecente de que qualquer resistência é inútil (aí, a luta fracassada dos professores estabeleceu um padrão difícil de desaparecer do inconsciente colectivo), temos os ingredientes q.b. para uma sociedade doente, paralisada, irresponsável, sem regras e em que só ganham os chico-espertos. E os mais ricos.
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