Não páro de ouvir Electron Blue dos REM. Não sei o que Michael diz.
Quase nunca sei o que as letras das canções dizem. Apanho aqui e ali uma palavra e não quero saber de mais, pelo menos enquanto a canção abala todo o meu ser, como esta agora. Assim, a canção ocupa todo um espaço de sonho e de expansão sem limites e não me desilude. Porque as canções são quase sempre muito maiores que as respectivas letras.
Nunca me hei-de esquecer da imensa desilusão que tive ao saber do que tratavam algumas das áreas de D.Giovanni: como é que algo que apontava para dimensões trágicas e míticas da existência (era o que eu sentia ao ouvir) podia ter letras tão fúteis?
Deste modo só me interesso logo pelas letras de cantores que não me desiludem. E nestas condições, na verdade só me lembro de um: Leonard Cohen.
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