"Somewhere Towards the End", de Diana Athill.
Um relato em primeira mão de como não é nada agradável envelhecer. Não li, mas sobre o livro há mais informações aqui (Michael Dirda, no Washington Post).(*)
As minhas marcas de envelhecimento.
As más:
o cansaço (físico e psicológico)
a incapacidade de recuperar ou de recuperar rapidamente
a distância que cresce em relação aos jovens (em particular, um maior retraimento face à sua violência e agressividade perante a vida)
a dificuldade de encantamento face a livros, filmes, etc
o tempo que se esvai cada vez mais rapidamente
As boas:
cada vez se tem menos a perder
capacidade de compreender cada vez mais, para condenar cada vez menos...
... mas a condenação, quando vem, mergulha no ódio e no assassínio (talvez isto não seja bom)
Outras que me lembre irei acrescentando.
Termino, citando o final do interessantíssimo artigo atrás referido:
Certainly no amount of mendacity or whining will change the facts: The end of life is hard. With luck and adequate health, you might be able to enjoy a few simple pleasures for a while longer. But that's about it. And be grateful for even the smallest of such favors. Time is not on your side. (Michael Dirda)
(*) Via GoodShit
1 comentário:
o envelhecimento não existe,a verdadeira realidade é um somatorio de conhecimentos coleccionados pelo tempo e contabilizados por ele, que nos fazem mais sabios, mais reflectivos, mais pesados em vivencias. Tambem muitas vezes o caminho da depressão leva-nos a esse cansaço, essa falta de entusismo, esse desencanto, que indexamos á idade e estão relacionadas com o esgotamento das possibilidades de experimentar em primeira mão.
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