Decidi não entregar os objectivos individuais.
Votei PS porque achei que o PSD, e todos os outros, teriam de aprender que aquele tipo de campanha que fizeram contra Sócrates é eticamente abominável. Pela mesma razão tomo agora esta atitude. O PS, e todos os outros, têm de entender que ameaças e chantagens (e subornos disfarçados) são atitudes impróprias de governantes em democracia. Assim, a minha recusa já não é apenas uma simples questão de dignidade profissional, mas passou a ser também uma questão de responsabilidade cívica perante a minha consciência e perante os meus alunos, pais e sociedade portuguesa em geral.
Os nossos governantes afirmam repetidamente que não actuam em obediência à pressão de outros, que não negoceiam, isto é, que não mudam de atitude face a chantagens. Concordo com eles. É seguindo exactamente o seu exemplo que me recuso a, sob ameaças e chantagens de variada espécie, entregar os objectivos individuais.
Não se trata aqui de fazer grandes coisas, de estar com heroísmos, trata-se de fazer simplesmente uma coisa pequena, que está perfeitamente ao meu alcance, e que faço para não corromper a fidelidade à minha consciência. E havendo muitos, as coisas pequenas, individuais, tornam-se colectivas e grandes.
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