sábado, março 13, 2010

Nocturno Indiano, de António Tabucchi

Do Clube de Leitura da Biblioteca Municipal de Loulé.


Não vi o filme, mas já li muitos livros de Tabucchi, sempre com o maior gosto, aliás. Este não constituiu excepção.
Quando terminei, procurei encontrar alguma coisa para dizer no clube. Mas nada me ocorreu. Fiquei parado, sem ideias nenhumas, apesar de ter gostado muito de o ler.
Pensei que é assim que reagimos habitualmente em relação a uma música de que gostamos: não sabemos explicar o que nos fez aderir a ela.
E, de repente, apercebi-me que este livro tem a estrutura de um vídeo musical: pequenos flashes do personagem em movimento, nada sabemos do que antecede nem do que sucede depois, uma melodia que percorre o livro do princípio ao fim.
E pensei: o título, pois claro, um Nocturno!
Portanto, para além da presença tutelar (fortíssima) de Fernando Pessoa na construção da história, será que Tabucchi quis fazer um livro que se aproximasse da forma de uma peça musical ou de um vídeo clip?

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