domingo, fevereiro 27, 2011

As derrotas não existem; o que existem são novas batalhas

Quando travamos uma batalha e perdemos, faz-se uma escolha: juntarmo-nos aos vencedores ou afastarmo-nos.
Para os que se afastam há um momento épico, o do afastamento. E, depois, pouco mais.
É-se ignorado, é-se esquecido, é-se afastado e cai-se na pobreza dos dias dedicados por inteiro à luta pela simples sobrevivência (dado que não se ficou com os vencedores).
Mergulha-se na obscuridade.
É muito difícil superar este estado, pois ficou-se sozinho, ninguém vem ajudar.
A única forma de não passarmos a ser parte dessa "austera, apagada e vil tristeza" é envolvermo-nos noutra batalha. Por muitos sacrifícios que isso implique. Para nos mantermos vivos.

4 comentários:

Joaquim Moedas Duarte disse...

Isso chama-se "verticalidade"!
Olá Rui!
Abraço!

Rui disse...

Olá, Méon!

Há pouco mais de um ano, fui a uma exposição de fotos do Gonçalo Cadilhe. Um delas tinha como título:

"Se lutas, podes perder;
se não lutas, estás perdido."

Tem mais a ver com isto, na verdade.

Um abraço amigo!

teresa disse...

rui
não tenho qualquer tipo de admiração por gente que desiste.
Desistir é o caminho direto para a derrota.
Quem persiste e nunca desiste alcança a vitoria.
Nem sei porque embirram tanto com o Socrates...rsrsrsrsr !!!

Rui Diniz Monteiro disse...

"Quem persiste..."

Por acaso, penso que nem sempre a vitória é assim tão segura. Mas não é a vitória que importa, na verdade, é o não nos submetermos, o não perdermos a dignidade de seres humanos livres que lutam contra os que apostam na nossa destruição.

Ora, quanto ao Sócrates, ele é um dos que apostam na destruição dos outros: em relação a milhares e milhares de pessoas tem tentado e tentado; em relação ao país, quase está a conseguir (como o povo português não o parou, teve que vir o FMI fazê-lo, a culpa é nossa).

Logo, tenho de estar contra ele.

Bjs