Na infância, o meu pai (era principalmente o meu pai) dizia-me o que estava bem e o que estava mal. Quando percebi que o que para uns era mal, para outros era bem, e vice-versa, foi um choque!
Há tanta gente que, por exercício de poder, pretende impor-me a sua visão do bem e do mal que, aí, iniciei uma longa luta para conseguir eu discernir por mim próprio alguma coisa sobre o assunto.
Actualmente luto contra:
- a nostalgia fortíssima do conforto infantil que representa ter alguém a dizer-me o que devo decidir; defendo-me, fechando-me (não vejo tv, leio poucos jornais e nos blogs leio opiniões de quadrantes contrários).
- a tendência de decidir sempre e cegamente contra a maioria, da qual desconfio visceralmente.
- a dificuldade em, pessoalmente e face a face, encarar a possível perda de estima dos que me rodeiam.
- a propensão para levar a sério quem não tem nada para dizer mas que, mesmo assim, o diz.
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