As ideias dos economistas influenciam cada vez mais as decisões políticas, cujos efeitos temos depois de suportar e amargar.
Tento entender o porquê deste poder.
Numa sociedade pobre como a nossa, se o meu principal problema é o dinheiro (isto é, a falta dele), então é natural que oiça e dê mais atenção a quem me fala desta minha preocupação. E, assim, os economistas são ouvidos. As suas ideias (certas ou erradas, a maior parte das vezes erradas - não por eles serem particularmente maus, mas apenas porque as suas ideias só são certas em condições ideais e absolutamente irreais) transformam-se em palavras e estas, mais tarde ou mais cedo, em acções.
A verdade é que eles pensam muito em termos de lucro. Ora o lucro, seja qual for o contexto em que se insere, é sempre o lucro de alguns, nunca de todos. É esse o quadro mental em que eles, na sua maioria, se movem. Então se têm esta limitação, porquê dar-lhes o poder de influenciar toda uma sociedade?
Ainda por cima, como na sua maioria são velhos (como eu) é provável que ou estejam subordinados a ideias de economistas já defuntos ou aderiram às mais recentes e selvagens (e, portanto, nunca testadas) para não serem rotulados de atrasados.
Não entendo mesmo o seu poder no dia a dia da política.
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