domingo, fevereiro 28, 2010

A Um Deus Desconhecido, de John Steinbeck

Do Clube de Leitura da Biblioteca Municipal de Loulé.


O livro é antigo e angustiado, há um desejo fortíssimo que só prenuncia desgraça. Há aparência de domínio sobre a Natureza, sobre os outros, mas a harmonia está ausente e isso assusta.
É disto que o livro trata: ele não nos fala de pessoas, de animais, de plantas e de coisas. Fala de uma unidade que congrega isso tudo e que é mais e menos que isso tudo. Mais, porque há um fio profundo e inquebrável que une tudo; menos, porque cada ser é muito mais rico e complexo que a aparente unidade de tudo. Joseph não se dá conta disso, como Rama acusa.É daí que vem o assustador: sem essas pequenas coisas, apenas fica a desumanidade que este livro retrata.

Um grande, grande livro. E apenas uma leitura minha, das muitas que esta obra proporciona.

Nota: Uma tradução má e uma revisão inexistente. Que pena!

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