segunda-feira, outubro 17, 2016

Como conseguir que as pessoas sejam mais pró-sociais?

Criando ambientes onde a pró-sociabilidade seja bem acolhida, desenvolvida e consolidada.

Quem o pode fazer? As famílias, escolas, freguesias, câmaras, movimentos juvenis, organizações não governamentais e comunidades locais têm a capacidade de promover valores e comportamentos pró-sociais, recorrendo a iniciativas grupais, leituras partilhadas, ações de solidariedade, fornecendo modelos, histórias e o reconhecimento daqueles que mais colaborarem.

Porque as pessoas aprendem mais rapidamente novos comportamentos se os efeitos positivos destes se fizerem sentir com rapidez e profundidade.

Portanto, há que proceder àquele reconhecimento sendo generosos a apreciar aqueles gestos, a dar-lhes atenção, a mostrar interesse e aprovação, a elogiá-los, a dar-lhes visibilidade pública, a mostrar o nosso reconhecimento, o nosso afeto; e até a recompensá-los!

Mas, cuidado! Que isso não seja um instrumento para manipular as pessoas para fazerem o que o poder quer que elas façam. As pessoas dão-se conta e o processo pode ficar sabotado durante anos.

Saliente-se que o efeito que mais poder exerce sobre as ações das pessoas é a atenção que lhes pudermos dar. Porque só a partir da atenção que lhes é prestada é que habitualmente todos os benefícios lhes chegam. Desde que nascemos que tudo o que recebemos dos outros começa sempre pela atenção que conseguimos que nos prestem.

Outro efeito poderoso é a satisfação que vem com a realização da própria ação. Daí que a pró-sociabilidade não se deva impor decretando o que as pessoas têm de fazer. Elas escolhem de acordo com os seus gostos e as suas inclinações, a fim de ser a realização da própria atividade a lhes trazer satisfação.

Deste modo, iremos vendo a pró-sociabilidade a expandir-se em círculos cada vez mais alargados. 

E a mudar de forma mais construtiva e solidária os fundamentos do mundo em que vivemos.

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