Criando ambientes onde a pró-sociabilidade seja bem
acolhida, desenvolvida e consolidada.
Quem o pode fazer? As famílias, escolas, freguesias,
câmaras, movimentos juvenis, organizações não governamentais e comunidades locais
têm a capacidade de promover valores e comportamentos pró-sociais, recorrendo a
iniciativas grupais, leituras partilhadas, ações de solidariedade, fornecendo
modelos, histórias e o reconhecimento daqueles que mais colaborarem.
Porque as pessoas aprendem mais rapidamente novos
comportamentos se os efeitos positivos destes se fizerem sentir com rapidez e
profundidade.
Portanto, há que proceder àquele reconhecimento sendo
generosos a apreciar aqueles gestos, a dar-lhes atenção, a mostrar interesse e
aprovação, a elogiá-los, a dar-lhes visibilidade pública, a mostrar o nosso
reconhecimento, o nosso afeto; e até a recompensá-los!
Mas, cuidado! Que isso
não seja um instrumento para manipular as pessoas para fazerem o que o poder
quer que elas façam. As pessoas dão-se conta e o processo pode ficar sabotado
durante anos.
Saliente-se que o efeito que mais poder exerce sobre as
ações das pessoas é a atenção que lhes pudermos dar. Porque só a partir da
atenção que lhes é prestada é que habitualmente todos os benefícios lhes chegam.
Desde que nascemos que tudo o que recebemos dos outros começa sempre pela
atenção que conseguimos que nos prestem.
Outro efeito poderoso é a satisfação que vem com a
realização da própria ação. Daí que a pró-sociabilidade não se deva impor
decretando o que as pessoas têm de fazer. Elas escolhem de acordo com os seus
gostos e as suas inclinações, a fim de ser a realização da própria atividade a lhes trazer
satisfação.
Deste modo, iremos vendo a pró-sociabilidade a
expandir-se em círculos cada vez mais alargados.
E a mudar de forma mais
construtiva e solidária os fundamentos do mundo em que vivemos.
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