Não posso dizer que sou cristão, não acredito em Deus. Intelectualmente, sou muito mais um budista.
Mas acredito em Jesus, e acredito porque ele propôs uma coisa de tal modo revolucionária e contra o espírito de todos os tempos (a própria Igreja durante muitos séculos mostrou-se incapaz de o seguir) que tem de ter existido.
Ele introduziu a ideia do perdão.
Que tão ausente está do Antigo Testamento.
Por exemplo, sempre me impressionou Deus não ter permitido a Moisés, mesmo depois de toda uma vida dedicada ao seu serviço, pisar a Terra Santa. E por uma falta menor que eu já esqueci completamente! Isto para não falar dos castigos aos pecadores, aos seus filhos e aos filhos dos seus filhos!!
Não admira que Jesus tivesse que ser crucificado! Num certo sentido, defendendo o perdão e o amor ao próximo como pilar central da sua doutrina (depois do amor a Deus) ele renega assim o Deus Pai vingativo e mesquinho do Antigo Testamento.
E dá o exemplo: perante a mulher adúltera que, à luz da lei daquela altura, tinha cometido um crime, e que o admitia, ele perdoa-lhe e manda-a em paz.
Para mim não há em nenhuma religião, nem na budista (apesar da compaixão), algo de tão comovedor e belo como esta ideia de perdão total e absoluto.
Que tivemos a felicidade de conhecer graças a Jesus.
1 comentário:
Olá, Rui
é muito difícil de colocar em prática...às vezes!
Mas, engraçado, a música que mais me comove no novo CD do Zeca Baleiro, chama-se Cigarro e fala de perdão...
bjo,
Enviar um comentário