Olho à minha frente os livros que trouxe para aqui: os não lidos e uns poucos já lidos de que não consigo separar-me. Quais são estes?
Vergílio Ferreira: Na Tua Face (para mim o mais belo), Conta-Corrente 5 (porque é aqui que está o autêntico aceno que me dirige) e Cântico Final (o livro que esteve na origem daquele aceno).
A Voz Secreta Das Mulheres Afegãs ("O meu amante prefere os olhos cor do céu: / Não sei como mudar os meus, cor da noite.")
Erri De Luca: Três Cavalos ("...e vou-lhe perguntando se não a incomoda a diferença de idades entre nós. Pelo contrário, devia ser maior, diz, trazes-me ao corpo a infância quando abraçava os grandes pela alegria de abraçar."), Montedidio e Tufo.
Arno Gruen: A Loucura da Normalidade ("uma pessoa luta, já a partir de uma infância remota, contra a sujeição a uma realidade que faz troça do seu desejo de amor verdadeiro."), A Traição do Eu e Falsos Deuses.
O Bhagavad-Gita Como Ele É: dádiva preciosa de uma amiga ("Uma pessoa que não se perturba com o incessante fluxo de desejos (...) é a única que pode alcançar a paz, e não o homem que luta para satisfazer tais desejos.").
José Gil: Portugal Hoje, O Medo de Existir ("O medo do vazio impede o nosso lado bárbaro de se ligar ao cosmos (com excepções geniais: Fernando Pessoa, Herberto Helder)").
1 comentário:
Uma boa selecção!
Enviar um comentário