A minha escolha (1)
Alguém que mal me conhece definiu assim uma série de agruras recentes: «abuso e sujidade». É isso mesmo. Escolho então a liberdade e a higiene. Antes correr riscos do que sentir nojo.
A minha escolha (2)
Antes ter amargos de boca do que ficar com boca de lacaio.
Gosto de tudo o que Pedro Mexia escreve no seu blogue, Lei Seca: textos de crítica (política, poesia, teatro, cinema), textos sobre os costumes (muitas vezes são pretexto para desenvolver uma expressão pessoal), textos memorialísticos, textos de afirmação pessoal como o acima transcrito, etc.
Confesso, no entanto, se bem que com alguma vergonha, que a minha preferência vai para os seus textos de humor. Mas ele não usa qualquer tipo de humor, nem usa outros como objecto desse humor. Ele desenvolve o seu humor tomando-se a si próprio como objecto. Trata-se do "self-deprecating sense of humour", o meu tipo de humor favorito. Acho que Pedro Mexia é o mais brilhante cultor deste tipo de humor em Portugal.
Um exemplo é este aqui, tirado do Lei Seca.
Outro, tirado do livro Fora do Mundo:
Perguntam-me frequentemente porque escrevo tanto sobre assuntos sexuais. Deixem-me responder assim: segundo Wole Soyinka, o grande tema da literatura etíope é a comida.
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