terça-feira, janeiro 19, 2016


A genialidade é sempre mal compreendida. Mas com a obra do VF o problema é agravado pelo facto de ela não caber num qualquer festival superbock: ela pertence antes ao domínio da intimidade, do silêncio, da fraternidade cúmplice; ela fala-nos ao mais profundo de nós e, por isso, não é popular.


"(…) À pergunta de Platão sobre a utilidade de Homero, responde a sucessão dos séculos que se comoveram com os errores de Ulisses, a despedida de Heitor, a revelação do homem a si próprio, através de Helena, Aquiles, Páris, os mitos que enformaram os sonhos, os medos dos homens, o olhar interrogador e maravilhado em face do mundo e da vida.
Assim, o para quê de uma obra de arte não cabe na dimensão do utilitarismo. (…)”
(do mundo original, Livraria Bertrand, 1979, p.57)

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