"(...) hoje que descobrimos a Arte, reconhecemos nela um dos valores humanos mais altos, para alguns decerto a reinvenção de um Absoluto, depois da morte dos outros. Um mito? Talvez que, porém, uma vida se não possa cumprir sem mitos - sem uma força que a supere e unifique. O sabermos que é um «mito» anula-a como tal - em parte ao menos. Mas se o non omnis moriar de Horácio, o «não morrerei por inteiro», é uma bela ficção, se profundamente sabemos que não sobreviveremos, compreende-se ainda assim que a arte se recupere em Força Totalizadora, ao pensarmos que ela é talvez a melhor forma de uma vivência profunda do instante que passa."
(do mundo original, Livraria Bertrand, 1979, p.101)
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