quarta-feira, setembro 07, 2005

Quanto mais me bates...

"Quando lhes dou para trás, mais eles vêm mansos comer-me à mão!", ouvi eu numa conversa sobre as relações amorosas.

Eu digo/questiono: Porque é que num casal o que maltrata (portanto, o que menos ama ou que ama pior) é o mais bem amado em vez de ser simplesmente deixado? Conheço muitos exemplos disto.

Ou posto doutra maneira: Porque é que sermos bons e afectivos(as) para uma mulher ou para um homem é a forma mais segura e rápida de ela ou ele nos deixar de amar?


[Depois de lidos um post da MaDi no Let Me Know Why e dos respectivos comentários, outro da Lilly Rose no Antes que me deite ; e de mais algumas coisas...]

3 comentários:

Sofia disse...

Eu sei porquê. Mas não quero parecer pretenciosa. Sei mesmo. Porque é muito fácil saber. Basta observar com atenção. :)

Rui Diniz Monteiro disse...

Assim não, Sofia, tens que dizer, deixa lá o pretenciosa para trás!
Quanto à 1ª pergunta acho que sei a resposta, se calhar parte dela, porque a li no livro "Mulheres que amam demais" da Robin Norwood (um livro que, aliás, tanto serve para mulheres como para homens).
Sobre a 2ª, é que já estou farto de ser posto a andar sempre com aquela conversa da treta de que sou um homem bom e admirável, de que mereço uma mulher à minha altura, etc, etc! Mas para esta também tenho uma hipótese de resposta: é que ser bom e admirável significa é ser um realíssimo chato!! (lol)
Vá, Sofia, dá-me lá uma ajuda! ;)

Sofia disse...

:) Eu acho que situações deste género, são sempre uma consequência, não uma causa. Numa relação, a dinâmica constroi-se. Nenhum relacionamento começa com um a maltratar. A necessidade de auto-protecção, leva muitas pessoas a tentarem afastar-se (emocionalmente), do parceiro, quando percebem que a coisa está a ficar demasiado íntima (emocionalmente, de novo), ou quando perdem o interesse. Normalmente, o efeito acaba por ser o inverso do pretendido. Quando sentimos que estamos a perder alguém de quem gostamos, a tendência é aproximarmo-nos mais. A ideia que fica, é que quanto mais maltratarmos o outro, mais ele gosta de nós. E durante algum tempo, é de facto assim, aparentemente. Porque o outro não gosta mais. Mostra mais, apenas. E, a não ser que apanhemos um masoquista, essa busca do outro acabará, um dia. Mas é uma sensação de poder muito interessante. Principalmente para quem também já esteve do outro lado. :)

Quanto à reformulação da primeira, só pode ser brincadeira. É, não é? :)