Aderi ontem ao Facebook. Por razões profissionais, essencialmente. Daí que os dados que lá introduzi tenham uma componente forte de propaganda. São todos verdadeiros, evidentemente. Mas não pertencem à minha intimidade (tirando a relationship e, de certa forma, o álbum de fotos "Os meus afectos", porque ambos se referem a pessoas cujas ideias e maneiras de estar na vida me constituem referências fundamentais).
No entanto, incomodou-me um pouco fazer isto. A publicidade baseia-se essencialmente no auto-elogio, esperando-se que as pessoas acreditem no que é dito em causa própria, nem que seja à força da repetição. A mim parece-me, porém, absurda tal assunção. Só que ela está, certamente, fundada em dados incontroversos por parte dos publicitários. Seja como for, a verdade é que a credulidade das pessoas, quando dela sou testemunha, nunca deixa de me surpreender.
Assim, lá fiz publicidade a mim próprio. Mas com factos e apreciações de outros, não pondo nada do que eu penso de mim mesmo (ah, talvez apenas indirectamente, pelas escolhas que fiz!).
(imagem tirada daqui)
Adenda às 19:42:
Pensando bem, a minha própria credulidade, depois de eu ter sido vítima dela, nunca deixa também de me surpreender!
Sem comentários:
Enviar um comentário