Comecei com o curso e comecei com as explicações.
Quanto ao curso, estou entusiasmadíssimo! Com os conteúdos, com as condições que são dadas aos alunos para eles poderem aprender mais e melhor (em comparação com o meu curso de há 30 anos os alunos, hoje, são uns privilegiados na completa acepção do termo!) e com os métodos de ensino (muito mais adequados ao que é ensinado). Tenho imensa pena de, estando a trabalhar, não poder aproveitar integralmente tudo isto (vou ter, por exemplo, de fazer algumas disciplinas por exame pois não tenho tempo para fazer todos os trabalhos de grupo).
E as explicações... como eu gosto de ensinar! Uma explicação de Matemática que eu dê e fico quase no cume da plenitude! Apesar de não apreciar grandemente o ensino por explicações. Que pena. Bom, não vou perder tempo a pensar nisso.
A vida. Tão pouco e tão tanto. (...) E todavia eu sei que "isto" nasceu para o silêncio sem fim... (Vergílio Ferreira)
quarta-feira, setembro 22, 2010
domingo, setembro 19, 2010
Publicidade
Aderi ontem ao Facebook. Por razões profissionais, essencialmente. Daí que os dados que lá introduzi tenham uma componente forte de propaganda. São todos verdadeiros, evidentemente. Mas não pertencem à minha intimidade (tirando a relationship e, de certa forma, o álbum de fotos "Os meus afectos", porque ambos se referem a pessoas cujas ideias e maneiras de estar na vida me constituem referências fundamentais).
No entanto, incomodou-me um pouco fazer isto. A publicidade baseia-se essencialmente no auto-elogio, esperando-se que as pessoas acreditem no que é dito em causa própria, nem que seja à força da repetição. A mim parece-me, porém, absurda tal assunção. Só que ela está, certamente, fundada em dados incontroversos por parte dos publicitários. Seja como for, a verdade é que a credulidade das pessoas, quando dela sou testemunha, nunca deixa de me surpreender.
Assim, lá fiz publicidade a mim próprio. Mas com factos e apreciações de outros, não pondo nada do que eu penso de mim mesmo (ah, talvez apenas indirectamente, pelas escolhas que fiz!).
(imagem tirada daqui)
Adenda às 19:42:
Pensando bem, a minha própria credulidade, depois de eu ter sido vítima dela, nunca deixa também de me surpreender!
No entanto, incomodou-me um pouco fazer isto. A publicidade baseia-se essencialmente no auto-elogio, esperando-se que as pessoas acreditem no que é dito em causa própria, nem que seja à força da repetição. A mim parece-me, porém, absurda tal assunção. Só que ela está, certamente, fundada em dados incontroversos por parte dos publicitários. Seja como for, a verdade é que a credulidade das pessoas, quando dela sou testemunha, nunca deixa de me surpreender.
Assim, lá fiz publicidade a mim próprio. Mas com factos e apreciações de outros, não pondo nada do que eu penso de mim mesmo (ah, talvez apenas indirectamente, pelas escolhas que fiz!).
(imagem tirada daqui)
Adenda às 19:42:
Pensando bem, a minha própria credulidade, depois de eu ter sido vítima dela, nunca deixa também de me surpreender!
sábado, setembro 18, 2010
Indomabilidade
Ontem foi a última sessão da Universidade de Verão - Estudos Sobre o Mediterrâneo. Esta actividade consistiu num conjunto de eventos (palestras, laboratórios e visitas guiadas) com a finalidade de dar a conhecer algumas áreas trabalhadas pelos professores da Universidade do Algarve. Foram duas semanas em Loulé cheias de interesse e de entusiasmo.
Recordo a palestra "La Conformación Poliédrica de la Identidad Española: del Atlántico al Mediterráneo". A uma dada altura, a Mestre Maria de Jesus Botana Vilar perguntou à assistência qual era a primeira ideia que vinha à cabeça das pessoas quando se falava do povo espanhol. A resposta imediata foi: orgulho. E Maria de Jesus confirmou que essa era a resposta habitual que recebia.
Lembrei-me das Festas de Ayamonte, em que a Adriana e eu fomos a um espectáculo da Banda do Samouco na Casa da Cultura. Um grupo de deficientes profundos estava também a assistir ao concerto. Chamou-nos a atenção a forma como eles se deslocavam pela sala (alguns tiveram de ir várias vezes à casa de banho a meio da sessão): sem arrogância nem ridículo, mas de cabeça levantada e com uma postura a todos os títulos plena de dignidade.
Lembrei-me também de José Mendes Cabeçadas Júnior, um homem sempre inconformado, lutando sempre por um país melhor e que nunca se vergou a nenhum poder: desde 1910, em que participa na revolução republicana, até 1965, ano da sua morte, a sua vida é uma sucessão de revoltas, conspirações, batalhas pessoais, tudo em prol de um ideal de democracia. Sem nunca esmorecer, sem nunca se resignar. Esta é a foto sua (do Museu da República) que mais aprecio: parece que Mendes Cabeçadas nos interpela directamente, sem agressividade mas também sem passividade ou medo.
Há, sem dúvida, qualquer coisa que falta aos portugueses de hoje.
(Nota: A Câmara Municipal de Loulé, nas comemorações do centenário da República, promoveu a edição de um pequeno livro de banda desenhada, de José Carlos Fernandes e de Roberto Gomes, intitulado "José Mendes Cabeçadas Júnior - Um Espírito Indomável", de onde tirei o título deste post.)
Recordo a palestra "La Conformación Poliédrica de la Identidad Española: del Atlántico al Mediterráneo". A uma dada altura, a Mestre Maria de Jesus Botana Vilar perguntou à assistência qual era a primeira ideia que vinha à cabeça das pessoas quando se falava do povo espanhol. A resposta imediata foi: orgulho. E Maria de Jesus confirmou que essa era a resposta habitual que recebia.
Lembrei-me das Festas de Ayamonte, em que a Adriana e eu fomos a um espectáculo da Banda do Samouco na Casa da Cultura. Um grupo de deficientes profundos estava também a assistir ao concerto. Chamou-nos a atenção a forma como eles se deslocavam pela sala (alguns tiveram de ir várias vezes à casa de banho a meio da sessão): sem arrogância nem ridículo, mas de cabeça levantada e com uma postura a todos os títulos plena de dignidade.
Lembrei-me também de José Mendes Cabeçadas Júnior, um homem sempre inconformado, lutando sempre por um país melhor e que nunca se vergou a nenhum poder: desde 1910, em que participa na revolução republicana, até 1965, ano da sua morte, a sua vida é uma sucessão de revoltas, conspirações, batalhas pessoais, tudo em prol de um ideal de democracia. Sem nunca esmorecer, sem nunca se resignar. Esta é a foto sua (do Museu da República) que mais aprecio: parece que Mendes Cabeçadas nos interpela directamente, sem agressividade mas também sem passividade ou medo.
Há, sem dúvida, qualquer coisa que falta aos portugueses de hoje.
(Nota: A Câmara Municipal de Loulé, nas comemorações do centenário da República, promoveu a edição de um pequeno livro de banda desenhada, de José Carlos Fernandes e de Roberto Gomes, intitulado "José Mendes Cabeçadas Júnior - Um Espírito Indomável", de onde tirei o título deste post.)
sexta-feira, setembro 17, 2010
Novo visual
Quem me conhece daqui dos blogs sabe que a imagem que sempre usei no meu perfil foi esta: Leonard Cohen (May you live as long as you like, and have what you like as long as you live!) nos anos 60, na ilha de Hydra, Grécia (hoje tirada daqui). É o cantor estrangeiro mais próximo do meu coração desde a minha juventude e, como nesta foto ele está de costas, escolhi-a para me representar.
Acompanhando o início daquele que espero ser um dos últimos reajustamentos na nova direcção que a minha vida tomou, decidi mudar o visual do blog e o meu perfil.
É com pena, confesso, que me "descolo" desta fotografia que me acompanhou na web durante os últimos 7 anos. Aqui fica a sua memória.
quinta-feira, setembro 16, 2010
Novo blog... em Psicologia!
quarta-feira, setembro 15, 2010
Vergílio Ferreira - Ser Professor
A relação de Vergílio Ferreira com o ensino é uma relação de prisão, de sofrimento, de inconformismo com tudo o que é menor na Educação.
A única coisa que alivia este "peso", esta "condenação", "chatice", "degradação", "afrontosa invasão de uma vida que me nega", etc, etc, é o bom aluno: o que sente apetência pelo saber, o que tem disponibilidade dentro de si para apreciar esse saber, o que trabalha e se esforça por obter um acesso priviligiado ao núcleo, à essência desse saber.
Hoje ainda há alguns, poucos é certo, bons alunos. Mas, tirando em algumas escolas bafejadas pela sorte, a sua voz e a sua presença encontram-se abafadas em turmas onde, por imposição de sucessivos governos, a selvajaria se tem vindo a impôr cada vez mais.
Hoje Vergílio Ferreira ou não aguentaria ou nunca seria o Vergílio Ferreira que foi...
Para mim, este (Vergílio Ferreira - O Excesso da Arte num Professor por Defeito ) é um livro triste.
Fez-me lembrar outros tempos onde se podia imaginar ser o outro professor que Vergílio Ferreira invoca, por oposição ao desautorizado mensageiro, burocrata programado do saber e escravo de horários embrutecedores, em que o docente de hoje se tornou.
A única coisa que alivia este "peso", esta "condenação", "chatice", "degradação", "afrontosa invasão de uma vida que me nega", etc, etc, é o bom aluno: o que sente apetência pelo saber, o que tem disponibilidade dentro de si para apreciar esse saber, o que trabalha e se esforça por obter um acesso priviligiado ao núcleo, à essência desse saber.
Hoje ainda há alguns, poucos é certo, bons alunos. Mas, tirando em algumas escolas bafejadas pela sorte, a sua voz e a sua presença encontram-se abafadas em turmas onde, por imposição de sucessivos governos, a selvajaria se tem vindo a impôr cada vez mais.
Hoje Vergílio Ferreira ou não aguentaria ou nunca seria o Vergílio Ferreira que foi...
Para mim, este (Vergílio Ferreira - O Excesso da Arte num Professor por Defeito ) é um livro triste.
Fez-me lembrar outros tempos onde se podia imaginar ser o outro professor que Vergílio Ferreira invoca, por oposição ao desautorizado mensageiro, burocrata programado do saber e escravo de horários embrutecedores, em que o docente de hoje se tornou.
terça-feira, setembro 14, 2010
Redesenhar o futuro
Ontem formalizei uma nova direcção para a minha vida.
Tendo concorrido em Agosto aos concursos especiais para tirar uma licenciatura na universidade, consegui obter uma vaga em Psicologia. E ontem matriculei-me.
Porquê Psicologia? Porque tenho bastantes conhecimentos nessa área, porque gosto muito e porque é uma profissão que não implica necessariamente "conseguir arranjar um emprego", posso abrir um consultório.
Hoje em dia, nas áreas tenológicas, ou se se manteve actualizado ou fica-se de fora. Além disso, a idade é um factor extremamente negativo. Aliás, recomenda-se aos profissionais nestas áreas que, a partir dos 35 anos, comecem a pensar mudar para uma carreira de gestão ou comecem a pensar em montar um negócio próprio. Quem não faz isso arrisca-se a perder tudo. Deste modo, o meu curso de Engenharia Civil, tirado há mais de 30 anos, hoje em dia revela-se pouco mais que inútil.
Psicologia - uma nova direcção, um novo horizonte que se abre à minha frente: estou muito entusiasmado!
Tendo concorrido em Agosto aos concursos especiais para tirar uma licenciatura na universidade, consegui obter uma vaga em Psicologia. E ontem matriculei-me.
Porquê Psicologia? Porque tenho bastantes conhecimentos nessa área, porque gosto muito e porque é uma profissão que não implica necessariamente "conseguir arranjar um emprego", posso abrir um consultório.
Hoje em dia, nas áreas tenológicas, ou se se manteve actualizado ou fica-se de fora. Além disso, a idade é um factor extremamente negativo. Aliás, recomenda-se aos profissionais nestas áreas que, a partir dos 35 anos, comecem a pensar mudar para uma carreira de gestão ou comecem a pensar em montar um negócio próprio. Quem não faz isso arrisca-se a perder tudo. Deste modo, o meu curso de Engenharia Civil, tirado há mais de 30 anos, hoje em dia revela-se pouco mais que inútil.
Psicologia - uma nova direcção, um novo horizonte que se abre à minha frente: estou muito entusiasmado!
terça-feira, setembro 07, 2010
Vergílio Ferreira e o professor "pau para toda a obra"
Vergílio Ferreira escreveu o que se segue em 1942 (os parágrafos e os negritos são da minha responsabilidade):
"À força de voltar os olhos para a criança, esqueceu-se um pouco que o professor também existe.
Ora, se o sujeito que recebe o ensino deve ser considerado antes de mais nada, não é menos verdade que o ensino é, apesar de tudo, uma relação e que se devem encarar os dois termos dessa relação.
Além disso não se deve ter a ficçao do professor "apto para tudo". Ele tem, também, a sua individualidade.
O professor deve perguntar a si mesmo: como vou organizar o meu ensino de maneira a utilizar o melhor possível as minhas aptidões particulares?
Porque há, entre os mestres, todas as variedades: espíritos concretos, abstractos, há os que têm uma eloquência segura, os que a têm hesitante, científicas, literárias, etc.
E nem sempre se está bem adaptado ao género de ensino exigido. Eis porque é preciso encarar também o problema da individualização do ensino, a formação dos mestres. Haveria muitas reformas a fazer. [...]
O conhecimento mesmo perfeito da teoria metodológica não pode por si só assegurar a perfeição do professor, da mesma forma que a ciência médica, só, não faz os bons médicos. [...]
Porque a pedagogia, dissemo-lo ao começar e repetimo-lo ao acabar, não é somente uma ciência, mas também uma arte. E a arte é um dom fino, delicado, mas incomunicável."
A actualidade deste texto torna-o muito adequado ao ano lectivo que se inicia. Há também que reconhecer o pensador profundo e extraordinariamente lúcido que Vergílio Ferreira foi. E podemos lembrar-nos que este texto ganha novos sentidos sabendo como hoje não se liga à necessidade do saber científico do professor e, por consequência, não se tem pejo em afirmar que um professor já o não é de um saber, mas de variados e múltiplos (nem interessa bem quais, desde que se possa pô-lo a fazer qualquer coisa).
(Maria Almira Soares, Vergílio Ferreira - O Excesso da Arte num Professor por Defeito, Difel, Lisboa, 2010 pp. 115/116)
"À força de voltar os olhos para a criança, esqueceu-se um pouco que o professor também existe.
Ora, se o sujeito que recebe o ensino deve ser considerado antes de mais nada, não é menos verdade que o ensino é, apesar de tudo, uma relação e que se devem encarar os dois termos dessa relação.
Além disso não se deve ter a ficçao do professor "apto para tudo". Ele tem, também, a sua individualidade.
O professor deve perguntar a si mesmo: como vou organizar o meu ensino de maneira a utilizar o melhor possível as minhas aptidões particulares?
Porque há, entre os mestres, todas as variedades: espíritos concretos, abstractos, há os que têm uma eloquência segura, os que a têm hesitante, científicas, literárias, etc.
E nem sempre se está bem adaptado ao género de ensino exigido. Eis porque é preciso encarar também o problema da individualização do ensino, a formação dos mestres. Haveria muitas reformas a fazer. [...]
O conhecimento mesmo perfeito da teoria metodológica não pode por si só assegurar a perfeição do professor, da mesma forma que a ciência médica, só, não faz os bons médicos. [...]
Porque a pedagogia, dissemo-lo ao começar e repetimo-lo ao acabar, não é somente uma ciência, mas também uma arte. E a arte é um dom fino, delicado, mas incomunicável."
A actualidade deste texto torna-o muito adequado ao ano lectivo que se inicia. Há também que reconhecer o pensador profundo e extraordinariamente lúcido que Vergílio Ferreira foi. E podemos lembrar-nos que este texto ganha novos sentidos sabendo como hoje não se liga à necessidade do saber científico do professor e, por consequência, não se tem pejo em afirmar que um professor já o não é de um saber, mas de variados e múltiplos (nem interessa bem quais, desde que se possa pô-lo a fazer qualquer coisa).
(Maria Almira Soares, Vergílio Ferreira - O Excesso da Arte num Professor por Defeito, Difel, Lisboa, 2010 pp. 115/116)
sexta-feira, setembro 03, 2010
Vergílio Ferreira - Professor, apesar de...
O meu amigo Méon, sabendo que Vergílio Ferreira é o meu escritor preferido (na verdade, é muito, muito mais do que uma simples preferência), ofereceu-me este livro interessantíssimo.
A capa é fabulosa. A imagem aqui não lhe faz a devida justiça. A fotografia perfeita de um Vergílio Ferreira sereno e pensativo; uma antiga caneta de tinta permanente aberta sobre uma página, presumivelmente escrita pelo próprio; tudo isto compondo uma imagem que suscita uma enorme comoção. Tudo nimbado por um tom a meio caminho entre o sépia e o rosa. A contracapa é o natural complemento: livros. De tal maneira tudo isto está perfeito que olho para este livro como contemplo uma obra de arte; há muito tempo que isto não me acontecia.
Vou a meio da sua leitura. É um livro para múltiplas leituras. Relevo aqui duas:
- Para mim esta tem sido a mais marcante: o reencontro com o escritor com quem estava habituado a "dialogar" durante a sua vida, obra após obra.
- Mas, igualmente estimulante, acompanhando a forma sofrida e reflectida como Vergílio Ferreira viveu a profissão de professor (que ele não amou), e o modo como Maria Almira Soares nos guia nessa descoberta e nesse conhecimento, somos levados a (re)pensar esta profissão, e a repensarmo-nos nela.
Tenho tomado imensas notas, em resposta a tanta coisa que é referida por Maria Almira Soares neste seu trabalho, que inclui numerosos inéditos do escritor. Se achar que algumas dessas notas poderão ser interessantes de registo, voltarei aqui.
Mas não tenho dúvidas em afirmar: trata-se de um excelente livro - para ser manuseado, para ser contemplado, para ser lido, para ser relido. Obrigado, Méon!
quarta-feira, setembro 01, 2010
Ferida
Dia 1 de Setembro. Início do ano lectivo nas escolas. Vou-me distanciando a pouco e pouco. Mas muito pouco.
A minha decisão de abandonar uma carreira de 24 anos de professor, ditada por um conjunto esmagador de condições, nomeadamente,
- impedirem-me de ensinar o que sei;
- obrigarem-me a ensinar o que não sei;
- recusarem-me a formação necessária à adaptação;
- submeterem-me a uma avaliação rigorosamente pormenorizada nestas condições;
- estar sujeito a todo o tipo de indignidades (palavrões, insultos, ameaças e agressões);
- ser objecto de desprezo de toda uma sociedade, a começar no governo e a acabar nos alunos;
- sentir-me impotente face à arbitrariedade e à tirania (Não sou só eu. E ainda continua actualmente. Recordo as palavras do Provedor de Justiça: "Perante a insuficiente resposta da Ministra da Educação, considerou o provedor de justiça, (...), não poder haver lugar a outra intervenção útil", informa. Por isso, o processo foi arquivado., Público, 13/8/2010);
- ser suposto eu ter de obedecer a regras e a leis criminosamente absurdas (como, por exemplo, as que me impedem de proteger , cuidar e ajudar os alunos mais fracos e vulneráveis),
abriram uma ferida que eu acho que nunca conseguirei vir a fechar.
A minha decisão de abandonar uma carreira de 24 anos de professor, ditada por um conjunto esmagador de condições, nomeadamente,
- impedirem-me de ensinar o que sei;
- obrigarem-me a ensinar o que não sei;
- recusarem-me a formação necessária à adaptação;
- submeterem-me a uma avaliação rigorosamente pormenorizada nestas condições;
- estar sujeito a todo o tipo de indignidades (palavrões, insultos, ameaças e agressões);
- ser objecto de desprezo de toda uma sociedade, a começar no governo e a acabar nos alunos;
- sentir-me impotente face à arbitrariedade e à tirania (Não sou só eu. E ainda continua actualmente. Recordo as palavras do Provedor de Justiça: "Perante a insuficiente resposta da Ministra da Educação, considerou o provedor de justiça, (...), não poder haver lugar a outra intervenção útil", informa. Por isso, o processo foi arquivado., Público, 13/8/2010);
- ser suposto eu ter de obedecer a regras e a leis criminosamente absurdas (como, por exemplo, as que me impedem de proteger , cuidar e ajudar os alunos mais fracos e vulneráveis),
abriram uma ferida que eu acho que nunca conseguirei vir a fechar.
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