quinta-feira, agosto 11, 2005

Naufrágio

Há um problema que assombra sempre as minhas relações amorosas.
O cenário é este: a relação está à beira de, ou já está mesmo a romper-se. Tenho de tomar uma atitude, de iniciar uma acção porque eu não quero de todo que a relação acabe.
Devo fazer:
- simplesmente aquilo que me apetece, sem pensar muito no assunto?
- aquilo que eu procuro e que acho ser verdadeiro no mais profundo do meu ser (e que nem sempre coincide com o que me apetece)?
- ou aquilo que eu penso ser mais eficaz para prender a outra pessoa?

Primeira pergunta: é possível eu optar por uma das hipóteses sem me deixar “contaminar” pelas outras?
Provavelmente não.

Segunda pergunta: mas supondo que sim, qual devo escolher?

Eu opto, ou melhor, procuro optar pela segunda. Porque se der mau resultado tenho sempre este consolo: isto sou eu. Deu mau resultado? Antes agora que depois, antes morto que a apodrecer.
(Mas rasgado por dentro, disso nunca me livro, claro!!)

4 comentários:

Elisa disse...

Oh homem... como dizia o Santo Agostinho (e olha que eu sou ateia) «ama e faz o que quiseres».

Maria Heli disse...

Ò Rui, não estás a racionalizar demasiado?
Intuição...impulso, não?
bjo

Rui Diniz Monteiro disse...

Bem, é que eu já tive este problema tantas vezes, já tanta gente amiga me abordou a perguntar "achas que eu faça isto?", que eu tive mesmo que pensar no que fazer ou no que responder! Isto não é uma racionalização, ou não é só, é antes o resultado de muita tentativa e erro!

Anónimo disse...

QUANDO SE ENCONTRA ALGUÉM QUE AMAMOS, ALGUÉM QUE NOS ACORDOU DO PESADELO QUE ERA ESTAR VIVO, NÃO SE DEVE DESISTIR
...MESMO QUE NEM SEMPRE CORRA BEM,
MESMO QUE ÀS VEZES DOA AO OUTRO OU NOS DOA A NÓS,
MESMO QUE CONSCIENTE E/OU INOCENTEMENTE NÃO NOS CONSIGAM AMAR DA FORMA QUE QUERÍAMOS,
MESMO QUE SE DISCUTA A DIFERENÇA ENTRE AMOR E PAIXÃO E/OU SE DUVIDE DA POSSIBILIDADE DESTAS PERMANECEREM JUNTAS DESDE O INÍCIO,
MESMO QUE O PASSADO DE CADA UM INTERVENHA DE FORMA FRIA E QUANDO JÁ NÃO SE ESPERA,
MESMO QUE...

TUDO ISTO É DISCUTÍVEL, EU SEI, MAS...
ENQUANTO LUTO NÃO APODREÇO,
ENQUANTO LUTO PELO AMOR DA MINHA VIDA SEI QUE LUTO POR MIM E POR ELA!

PODERÁ PARECER INSIGNIFICANTE MAS À QUESTÃO: "SERÁ QUE VALE A PENA?" EU SOBREPONHO SEMPRE OUTRA: "HÁ MELHOR SENSAÇÃO QUE SERMOS NÓS PRÓPRIOS PERANTE UMA OUTRA PESSOA?!" PARA MIM, NÃO HÁ. E É POR AQUI QUE EU VOU!