Pedi aos livros, continuo sempre a pedir, que me dêem a doçura e a luz do mundo. Pedi-o também a algumas mulheres. Claro que nem uns nem outras me podem dá-las.
Há alturas em que vejo isso com clareza e, portanto, com um desespero mudo.
Outras há em que estou perto de acreditar com o coração nas infinitas possibilidades da vida.
Ambas coexistem agora que acabei de ler Os Póneis Selvagens de Michel Déon. É um livro que nunca devia acabar, não porque as suas 480 páginas sejam insuficientes, mas porque nós o somos e ele faz-nos esquecer isso. Desta vez (post de 22 de Julho) consegui suportar a sua dolorosa beleza e li-o até ao fim.
Às vezes, se eu estiver aberto e receptivo, os livros e as mulheres conseguem ensinar-me aquela doçura e aquela luz...
2 comentários:
Não gosto de ser a primeira em nada, mas desta vez sou a primeiríssima a comentar o trabalho "posted" e que gostei, sobretudo pelo desabafo de que é pelos livros que se chega ao conhecimento e à doçura...e pela experiência...quanto às mulheres ensinrem ternura...devo ter sido sempre muito má professora...mas não está em causa. Qundo tiver tempo, leia uma coisa suave, mas que dá que pensar:ALFORRECAS DA VIDA de Gui Browning. Um abraço
Obrigado, Joaninha, pela sugestão.
O estares consciente de teres sido "muito má professora", a ser isso verdade (nunca somos muito bons julgadores em causa própria), já implica um movimento em direcção à ternura de que falas, não achas? Um abraço para ti também
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