Venho, pelo 2º dia, da escola.
Ambiente carregado, tensão, inquietação, tristeza, expectativas mais baixas que já alguma vez me foi dado ver.
Tudo tão profundamente negativo que, chegado aqui, todas as ideias sobre as quais me apetece escrever só me parecem fúteis e frívolas.
E, no entanto, eu recuso embarcar neste estado de espírito: não quero dar àqueles brutos da 5 de Outubro o poder de comandar o meu espírito!
Portanto, reflictamos sobre a maldade (e o seu contrário).
Na vida os maus ganham quase sempre, é da sabedoria das nações.
Os bons não lhes conseguem fazer frente porque, é verdade, são bons, mas são-no de forma medíocre - isto em resultado do medo que têm dos maus.
Só que, às vezes, aparece um bom verdadeiro. E aí ele ganha (a menos que seja assassinado) porque os maus, também eles, são cobardes, medíocres e mesquinhos. Não constituem concorrência para uma autêntica bondade.
Há exemplos ilustres - Gandhi, Luther King, Cristo -, que passaram pela luz da ribalta. Mas outros há, mais discretos, dos quais pouco se vai sabendo. Alguns comovem-me.
Por exemplo, Toni Ruttimann, o construtor de pontes. Aos 19 anos abandona a Suíça e inicia uma vida, desde 1987, a ajudar os povos da América Latina e do Sudoeste Asiático. Como? Construindo pontes (mais de 350). Usando apenas o que os outros deitam fora (especialmente companhias petrolíferas e mineiras) e a força braçal dos aldeões. Não aceita dinheiro de governos e não recebe salário nenhum. A sua casa é a mochila, onde leva alguma roupa, um computador e um telemóvel: nos últimos 20 anos nunca dormiu mais de 3 noites seguidas na mesma cama.
Construindo pontes. É um vencedor.
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